negromonte

O transportador de valores Carlos Alexandre de Souza Rocha, o Ceará, afirmou em sua delação premiada da Operação Lava Jato que ouviu do doleiro Alberto Youssef que o ex-ministro Mário Negromonte (à época do PP) era o “mais achacador” entre os políticos e saiu do ministério porque estava roubando mais para si do que para o caixa do partido. As informações foram publicadas pela Folha nesta segunda-feira (4),

Rocha trabalhava para Youssef como transportador de dinheiro e relatou, em sua delação premiada, entregas para diversos políticos. “Alberto Youssef comentava com o declarante que Mário Negromonte, entre os políticos, era ‘o mais achacador’; que Alberto Youssef inclusive disse que Mário Negromonte perdeu o cargo de ministro das Cidades, em 2012, porque não estava ‘fazendo caixa’ para o Partido Progressista, uma vez que estaria ‘roubando apenas para ele próprio'”, diz o depoimento de Rocha.

Ainda de acordo com o jornal, em seus depoimentos, ele afirma ainda que fez entregas de dinheiro em um apartamento funcional da Asa Sul, área nobre de Brasília, no ano de 2011, onde estavam presentes Negromonte e os ex-deputados Pedro Corrêa e João Pizzolatti, ambos do PP. Segundo Rocha, ele transportava o dinheiro no próprio corpo, usando meias de futebol e calças mais folgadas, e os deputados o recebiam e pegavam o dinheiro. “Os deputados federais sempre perguntavam para o depoente: ‘Cadê o resto?’; que o depoente apenas respondia que aquela era a quantia que ele estava transportando”, afirmou no depoimento.

Negromonte é investigado no STJ, por atualmente exercer cargo de conselheiro em tribunal de contas da Bahia.

Por: Bocão News