falenciaComo consequência da crise e recessão econômica vivenciada em 2016, o número de pedidos de falência foi 12,2% maior do que o contabilizado no ano anterior. A informação é da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), que aponta ainda que, em dezembro de 2016, os pedidos chegaram a recuar 7% em relação ao mês anterior. O número de falências decretadas também cresceu 14,7% no acumulado do período em relação ao ano anterior.

Seguindo a tendência esperada pela Boa Vista SCPC, mesmo com a leve desaceleração apresentada nos últimos meses, os indicadores encerraram o ano maiores do que os registrados no ano anterior. A redução da atividade econômica somada aos elevados custos, à restrição e encarecimento do crédito dificultaram a geração de caixa das empresas e agravaram a situação das empresas que já não vinham bem desde 2015. A expectativa do órgão é que, em 2017, uma possível melhora dos indicadores macroeconômicos também influencie positivamente os indicadores.

Ainda segundo o órgão, as pequenas empresas representam cerca de 86% dos pedidos de falências e 94% das falências decretadas, sendo que as médias empresas correspondem a 13% e 6%, respectivamente. Na divisão por setor da economia, o segmento de serviços foi o que representou o maior percentual nos pedidos de falência (39%), seguido do setor industrial (37%) e do comércio (24%). Em termos de crescimento, o setor industrial foi o que mais aumentou nos valores acumulados no ano (em relação ao ano anterior), com alta de 14,2%. Mantida base de comparação, o comércio obteve aumento de 12,5% nos pedidos de falência, enquanto o setor de serviços cresceu 10,1%.