A situação da presidente Dilma Rousseff no Senado fica aos poucos mais complicada.

Brasília - Senadores se reúnem em plenário para eleição da comissão especial que analisará a admissibilidade do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Brasília – Senadores se reúnem em plenário para eleição da comissão especial que analisará a admissibilidade do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Na terça-feira (26) a comissão especial que avalia seu impedimento elegeu o senador do PSDB e aliado de Aécio Neves, Antônio Anastasia, como relator do processo. Além disso, lentamente o número de votos favoráveis ao impeachment na Casa aumentam.

De acordo com pesquisa feita pelos principais jornais do País, a oposição apresenta uma boa vantagem em relação aos votos necessários para afastar a petista por 180 dias. Para isso, 41 dos 81 senadores precisam ser favoráveis ao processo. O pior cenário é o do jornal Folha de S.Paulo , que contabiliza 51 votos pelo impeachment de Dilma, frente 21 senadores contrários.

Já o próximo passo, que seria o afastamento definitivo de Dilma, ainda não está definido. O mesmo jornal questionou os senadores sobre o assunto. No começo da semana apenas 39 se posicionaram a favor, 21 contra, 7 ficaram indecisos, 11 não declararam sua posição e 3 não responderam.

Nesta quarta-feira (27) o número de votos a favor do afastamento definitivo subiu para 41 e o de contrários caiu para 19. Doze não declararam suas posições, 3 não responderam e 6 estão indecisos.

Para que a presidente seja retirada permanentemente do cargo, é preciso que 54 parlamentares (dois terços do Senado) vote pelo impedimento.