O líder do PSDB na Câmara, deputado federal Antonio Imbassahy (BA), declarou em entrevista, já ter uma definição de liderança no Senado sobre a comissão que vai analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Temos a perspectiva do presidente da comissão ser do PSDB, ou a relatoria, já que há um esquema de rodízio e nesse momento cabe ao PSDB,” declarou.

O tucano respondeu ainda a declaração do ministro chefe do gabinete da presidente Dilma, Jaques Wagner (PT), de que o processo de afastamento seria um ‘”retrocesso” para o país. “Retrocesso é o que o PT fez ao instalar uma organização criminosa no aparelho do estado. Ele deveria estar preocupado com isso e vai se preocupar muito mais quando sair do governo,” afirmou.
Antonio-Imbassahy_Brizza-CavalcanteO processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff foi aprovado na Câmara Federal na noite desse domingo (17), por 367 votos a favor e 146 contra.

O processo agora segue para o Senado, onde de fato será analisado se a petista cometeu ou não crime de responsabilidade. Se o Senado instaurar o processo a presidente ficará afastada por até 180 dias e o vice assume neste período. Se não analisarem até este prazo, ela retoma ao cargo.

A votação no Senado será comandada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, e exige votos de dois terços (54 dos 81 senadores) para a condenação. Em caso de absolvição, a presidente reassume o mandato de imediato. Se condenada, ela é automaticamente destituída e o vice, Michel Temer (PMDB), assume até o fim do mandato. Dilma Rousseff ficará oito anos sem poder exercer cargo público.