O presidente do PMDB na Bahia, Geddel Vieira Lima, prometeu pedir a expulsão dos peemedebistas que aceitarem comandar algum ministério no governo Dilma Rousseff. “Pedirei expulsão imediata para obedecer decisão da convenção e antecipação da reunião do diretório nacional para votar o rompimento imediato”, escreveu em seu perfil no Twitter, citando o deputado federal Mauro Lopes (PMDB).


Durante convenção no último sábado (12), o ex-ministro da Aviação Civil Eliseu Padilha, secretário-executivo do PMDB, submeteu à votação simbólica no plenário uma moção para que o PMDB não assuma cargos nos próximos 30 dias – prazo para que seja definido se o partido romperá ou não com o governo Dilma Rousseff.

“Recebi do presidente Michel Temer a informação que ele conversou com o PMDB de Minas Gerais e o PMDB de Minas disse que não via óbice a que fosse submetido a votação”, disse Padilha antes da votação.

Mauro Lopes criticou as votações propostas por Padilha durante a convenção. “Isso é oba oba. Não serve de deliberação. É proposta convencional. Não tem validade essas deliberações que o Padilha está fazendo. Está usurpando. É usurpação de poder”, afirmou o deputado.


Atualmente, a Secretaria de Aviação Civil é chefiada por Guilherme Ramalho, ministro interino, que assumiu após a saída de Padilha, em dezembro do ano passado. A pasta foi oferecida à bandada de Minas Gerais do PMDB na Câmara dos Deputados durante a eleição do líder do partido, Leonardo Picciani, no início deste ano. Picciani era o nome apoiado pelo Palácio do Planalto, que temia a vitória de Hugo Motta (PMDB-PB), aliado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara.