Erguida ao longo da margem esquerda do rio, a Vila de Novo Prado (1775) – onde antes, segundo relato de moradores, viviam as tribos dos índios aimorés – foi emancipada em 1896. Mas ainda hoje é possível encontrar casarões do século 19 e se encantar com uma viagem ao passado.
Assim como uma boa cidade baiana, Prado encanta os cinco sentidos do corpo humano. É bonito ver uma cidade tão colorida, com Centro Histórico que preserva seu casario datado do século 19, de ruas estreitas, calçadas com paralelepípedos e praças arborizadas. Algumas construções modernas até tentam descaracterizar a singularidade dos antigos imóveis, de fachadas robustas e cheios de histórias pra contar. Mas, fato é que, ainda assim, a simplicidade da cidade predomina. O mercado municipal é um convite ao olfato e ao paladar. Funciona como feira livre coberta, onde é possível encontrar, especialmente aos sábados, frutas, verduras, legumes, carnes e peixes, além de produtos bem típicos, como urucum, dendê, farinha de mandioca, pimenta, beiju de coco, requeijão caseiro e diversas delícias regionais.
DELÍCIAS
Sentidos aguçados ainda no Beco das Garrafas, um dos lugares mais frequentados pelos turistas, onde uma variedade de restaurantes oferece o que há de melhor na culinária baiana e tradicional, em almoços ou jantares agradáveis, com música ao vivo e diversas atrações. Um dos destaques da gastronomia local é o prato falésias de mariscos, que mistura peixe budião, lagosta, camarão com purê de castanhas e molho de coquinho xandó, pitanga e guairu – frutas da região. A iguaria é verdadeiramente uma delícia! Quiosques de bares, barracas de artesanatos e hippies se misturam no emaranhado do Beco das Garrafas, que também abriga a Igreja de Nossa Senhora da Purificação – datada do século 14.
Prado também conta com excelente rede de pousadas e hotéis com ótima infraestrutura. Excelente pedida para relaxar e se divertir. Para quem gosta de passear, a região é o lugar ideal. Como o sol aparece logo cedo, basta tomar um bom café da manhã e colocar o pé na estrada.
Mar de águas claras, com praias recortadas por riachos e falésias coloridas. Assim é o encantador litoral de Prado, no Sul da Bahia, onde grande parte da paisagem ainda é semideserta e os habitantes locais praticam pesca artesanal. Bem diferente de muitos pontos badalados da Bahia, essa porção ao Sul do estado preserva o sossego. É certo que há praias mais movimentadas, com excelente infraestrutura e barracas que oferecem aos clientes deliciosos petiscos e bebidas geladas. Mas a região preserva elementos fundamentais para apreciação da natureza, que soam como um convite ao bem-estar.
Um dos principais pontos turísticos está localizado a 13 quilômetros do Centro, a Praia da Paixão. É um recanto agradável, com mar de águas mansas e cristalinas, com um pequeno rio que chega ao mar. Bem ao lado, outro lugar que você não pode deixar de conhecer é a Praia do Tororão, local de beleza única, com uma pequena cascata de água doce que desce das falésias e vai direto para o mar. A visão é espetacular e, com o sol forte da região, o banho é sempre refrescante.
O calor da Bahia exige que o tour comece logo cedo. Para quem não se importa em madrugar, a recompensa é alta. Em direção à Praia do Farol, é possível ver belíssimas e imponentes falésias em tons variados de cores, que se revezam com planícies e praias serenas. De águas mornas e convidativas, as praias se estendem por 84 quilômetros. Do alto é possível ver todo o litoral. Em alguns trechos, as falésias chegam a ter entre 18 e 25 metros de altura. E, em alguns momentos, parecer se debruçar sobre o mar, proporcionando, assim, exuberantes paisagens.
CUMURUXATIBA Cereja do bolo ainda a ser servida aos turistas mais exigentes e que dispõem de mais tempo, a Vila de Cumuruxatiba não pode ficar de fora do roteiro para quem visita a região de Prado. De origem pataxó, que significa “grande diferença entre os mares”, Cumuru, como é abreviada, é uma vila de aproximadamente 7.500 moradores, em sua maioria pescadores. Já na chegada, um gigantesco portal chama a atenção. Ao se olhar para a esquerda, é possível ver, ao longe, a silhueta de um morro, como se fosse a corcova de um camelo – é o Monte Pascoal, montanha que é motivo de tantas discussões, entre pradenses e porto-segurenses.
O lugar também tem história. Um italiano comprou uma fazenda e cercou a maior parte dela. Deixou uma boa fatia da cerca para praia, onde as pessoas pudessem ter acesso sem ter que invadir suas terras. E olha que ele foi camarada, já que, de toda a orla, você consegue ver uma imensidão de paredões de falésias. Durante o verão, turistas de todo o Brasil e de outros países também passam por lá. Geralmente, estão fugindo do barulho urbano e das praias movimentadas, encontrando no Moreira o tão desejado sossego.
(Fotos: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
(Fonte: www.uai.com.br)