A Prefeitura Municipal de Prado com a iniciativa da Secretaria Municipal de Turismo, Esporte e Cultura, através da prefeita municipal de Prado, Mayra Brito, convidam a todos para prestigiar a tradicional festa de São Sebastião em Cumuruxatiba, que tem data marcada para os dias 19 e 20 de janeiro próximo. A vila está a todo vapor com os preparativos da tradicional festa, muito conhecida como Festa do Pau.

O período do novenário na igreja inicia hoje e encerrará no próximo dia 20, com missa solene e o cortejo pelas ruas da cidade, do mastro de São Sebastião (pau de bastião), que mais uma vez vai reunir centenas de pessoas dentre os quais: índios, pescadores, nativos, visitantes e turistas. A programação promete muita animação e descontração nesses dos dias de evento (19 e 20) embaladas ao som de Law Lima, Cássio & Banda, Cesinha Show, Dodi Cigano e Chave de Cadeia.

Representação dessa data

Essa data representa uma data folclórica naquele vilarejo, que anualmente, explode em festa para comemorar o dia de São Sebastião, reconhecido como o santo protetor da humanidade contra a fome, peste e a guerra. São Sebastião foi um importante oficial das tropas romanas na Europa do séc. III, ele foi torturado e condenado à morte pelo Imperador por espalhar sua fé e converter muitas pessoas para o cristianismo.

“Pau de Bastião” é enterrado em frente a Igreja de Santo Antônio

 

As festividades em Cumuruxatiba simbolizam a influência cristã européia vivida no período de colonização de nosso país. Centenas de pessoas vêm de diversas cidades do Brasil para participar dessa grande manifestação cultural, que tem como momento mais esperado, a puxada do Mastro de São Sebastião.

Em meio a muita música e dança, é carregado o imponente mastro (mais de 12 metros de comprimento), conhecido como “Pau de Bastião”. Após percorrer a Avenida Principal, várias ruas do vilarejo e também a orla da praia, o mastro é enterrado, em frente à Igreja de Santo Antônio.

O Alardo de São Sebastião

O Alardo de São Sebastião é representado em dois atos, nos dias 19 e 20 de janeiro, com participação de 15 a 20 guerreiros de cada lado. O folguedo consiste numa disputa entre cristãos e mouros pela posse da imagem de São Sebastião. Os cristãos usam indumentária azul, tendo a cruz por símbolo. Os mouros vestem-se de vermelho e têm como símbolo a meia lua ou lua crescente.

Os dois lados contam com capitão, embaixador, alferes da bandeira, tenente, caixeiro, tambor e soldados. A indumentária reflete, com seus adornos, a hierarquia dos postos: os oficiais portam capas de seda, com franjas enfeitadas de arminho, lantejoulas e flores de prata; os soldados cristãos usam chapéus sem enfeites, os mouros, gorro vermelho de ponta caída. As armas correspondem às diferenças dos postos: espadas para os alferes e embaixadores; lanças para os capitães; sabres e alabardas para os tenentes; adagas e espingardas para os soldados.

Todos os componentes trajam calções curtos com meias na altura dos joelhos e sapatos da cor da roupa, e os alferes conduzem com garbo estandartes com pedrarias. As batidas do tambor emprestam solenidade ao folguedo.