Segundo levantamento do Observatório de Pessoal, que será lançado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos na próxima semana, elas representam 45% da força de trabalho no atual governo. Quando se olha para os primeiros escalões (diretorias, secretarias e ministérios) esse número despenca e vai para 33%.
O número cai ainda mais quando o assunto são mulheres autodeclaradas pretas ou pardas: são 9% de lideranças assim no alto escalão. O percentual sobe para 12% se consideradas lideranças de baixo escalão, como gerentes e coordenadores.
Na Esplanada dos Ministérios, Lula promoveu uma participação feminina recorde à frente das pastas. Ao todo, 11 mulheres chefiam Ministérios no novo governo, sem contar com as presidências da Caixa e Banco do Brasil – também ocupadas por mulheres, com Rita Serrano e Tarciana Medeiros, respectivamente.
No caso de homens pretos ou pardos, a participação é de 20% em todos os níveis de liderança.
O levantamento, que tem como objetivo recolher e analisar dados sobre a administração federal, apurou que a presença de mulheres subiu de 26%, no início do governo de Jair Bolsonaro (PL), para 33% nos dois primeiros meses do mandato de Lula.
Ainda que a presença feminina na chefia tenha aumentado, houve uma leve queda em relação ao quadro geral, que inclui todo o universo de servidores. Em fevereiro de 2019, as mulheres estavam em 46% dos postos disponíveis na administração federal. Já em fevereiro deste ano, esse índice caiu para 45%.