A vitória em primeiro turno conquistada por Jerônimo Rodrigues fez com que o candidato do PT ao governo do Estado da Bahia ganhasse uma série de ‘velhos aliados’, como, por exemplo, pepistas que viraram a casa após o rompimento do partido e do vice-governador João Leão (PP) com Rui Costa (PT) e migração para a base de ACM Neto.

No entanto, também fizeram com que novos nomes, inclusive bolsonaristas, se juntassem ao nome do ex-secretário de educação do Estado. Nessas coisas da Bahia, nasceu o chamado ‘JeroNaro’, termo cunhado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que decidiram colar na corda de Jerônimo na Bahia – mas sem abrir mão de suas posições a nível nacional.

Jerônimo esteve próximo de liquidar a eleição em primeiro turno ao fazer 49,45% dos votos válidos frente a 40,8% de ACM Neto (União Brasil), ex-prefeito de Salvador contra quem o petista vai disputar o segundo turno no próximo dia 30 de outubro.

Nomes como o deputado federal Joceval Rodrigues (Cidadania), que liderou a maioria na Câmara Municipal durante a gestão de ACM Neto na prefeitura de Salvador, exemplificam a onda do ‘JeroNaro’.

Ligada à igreja Assembleia de Deus, uma parcela do PSC também aderiu à base do candidato governista. Fato manifestado, por exemplo, pelo presidente estadual do partido, Heber Santana, ex-secretário de ACM Neto que rompeu com seu ex-chefe.

Pai de Heber e vice-presidente nacional da legenda, Eliel Santana falou sobre a mudança na posição em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.

“Nacionalmente, continuamos com Bolsonaro. Mudamos de posição aqui na Bahia por insatisfação com o tratamento que foi dado ao nosso partido. Fomos convidados por Jerônimo e vamos fazer a interlocução dele com o segmento evangélico”, afirmou antes de confessar que houve resistência à decisão por parte da militância da legenda.

Tanto o desembarque de Joceval Rodrigues quando o dos Santana e o PSC tiveram um protagonista: Geraldo Júnior, candidato a vice-governador da Bahia e presidente da Câmara Municipal de Salvador (CMS).